Tipo um diário

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Está sendo realmente difícil pôr as ideias em ordem. Pôr elas no papel.
Eu tenho evitado tanto pensar, tanto... Mas nesse ato de evitar a mim mesma, o que mais anda acontecendo é a perda de ideias maravilhosas, textos maravilhosos que eu poderia ter escrito.
Anos de perdas deles.
Me sinto mal, mas é como se não conseguisse lutar contra mim. É como se parte de mim fosse minha inimiga, e a outra parte não tivesse força suficiente para acabar com essa parte inimiga.

A luta não acabou.
Ela é diária, é intensa, é constante.
É solitária.
Eu sou solitária.
Antes, achava que por querer.
Agora, acho que por não ter.
Não ter ninguém disposto a ouvir, a acolher, a se importar.
E caso se importasse também, nem sei.
Não sei lidar quando as pessoas gostam mesmo de mim.

Passado de fúria.
Nossa, que desordem esse texto!
É tanta coisa reprimida por tanto tempo... E eu ainda nem estou disposta a soltar, sinto isso.
Sinto também, muitíssimo. Por mim.
Queria me ajudar.

Acho que está bom.
Tenho medo de cavucar mais fundo de mim e me desmanchar.
Assim, deixo esse blog com esse breve resumo da parte mais superficial de mim.
Por enquanto, temo ir mais fundo.
Quem sabe um dia o meu Eu Obscuro não dê as caras novamente.
Queria muito, porém estou cansada e extasiada de promessas que não tenho como cumprir,
Que não tenho a capacidade.